Não há nada mais desestimulante do que sair de casa, num dia de sol gargalhando, em direção à Av. Brasil. Aliás, há sim, mas não vem ao caso no momento. Tomar um bus refrigerado ajuda a aliviar o trauma, mas só até você perceber que existe um rádio em seu interior. Ligado, e que permanecerá assim até o derradeiro segundo do seu trajeto. Numa estação que prefiro seguir a vida sem ter noção de qual seja.
Talvez a gente descubra qual é, se eu disser que passei muito tempo ouvindo Daniel. Mas quase todas as rádios que não conheço tocam Daniel. Só não deve haver mais de uma no Brasil que tenha como locutor(a)/apresentador(a)/DJ(éia)/animador(a) etc... uma dréguiqüin da Rua Uruguaiana que ao anunciar a próxima música (???) distribui aos ouvintes BEIJOS NA VIRILHA!!! Fiquei tão excitado que não consegui mais ler o jornal da última segunda-feira que foi a única literatura que pude trazer de casa, dado meu estado de espírito.
Aliás, foi neste jornal que li (antes do dito beijo) sobre o falecimento desse moço aí da foto, Lenine Reis, celebridade urbana a quem conheci quando, ao ser abordado em Ipanema com essa indagação do título, comprei um chaveirinho que dei de presente a não lembro mais quem. Um clássico tipo carioca. Saudades.
Photo by Carlos Peixoto / G1
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